Barreiras geograficas e especiação do homem

Introdução:
A) Conceituação de espécie:
Existem diversos conceitos de espécies e, na maioria dos conceitos utilizados atualmente, está implícita a ideia de que duas espécies devem ser geneticamente distintas uma da outra e reprodutivamente isoladas, seja por fatores internos como incompatibilidade genética, seja por fatores externos, como ecologia dos organismos ou separação geográfica.
Denomina-se espécie o grupo de indivíduos que, além dos caracteres genéticos, têm em comum outros caracteres pelos quais se assemelham entre si e se distinguem das demais espécies. Como exemplo, podemos citar grupos de indivíduos com profundas semelhanças estruturais e funcionais; grupos com acentuadas similaridades bioquímicas; grupos com capacidade de se reproduzirem entre si, originando novos descendentes férteis e com o mesmo quadro geral de caracteres.
De forma geral, podemos generalizar que indivíduos de mesma espécie compartilham uma série de características semelhantes entre si, sejam elas genéticas, bioquímicas ou fenotípicas e que são capazes de, quando cruzarem, gerar descendentes férteis. B) Conceituação de especiação:
A formação de novas espécies está intimamente ligada às modificações sofridas pelo genoma da população, isto é, quando uma certa população acumula uma quantidade de características exclusivas que isolem-na reprodutivamente de outra, dizemos que surge uma nova espécie. Nesse ponto, o fluxo gênico cessa, pois não há mais mecanismos viáveis que possam garantir a troca de genes.
A forma como o fluxo genético entre os grupos de indivíduos de uma mesma espécie torna-se restrito é o fator que irá determinar o tipo de especiação que eventualmente ocorrerá. Por exemplo, se o fluxo genético é nulo, temos a especiação alopátrica onde grupos ficam isolados geograficamente, impedindo a troca genética pela reprodução sexual. No outro extremo temos a especiação simpátrica, onde a permuta genética é total e mesmo assim surgem grupos que se tornam diferentes da