Avaliação das exportações do agronegócio de minas gerais para a união européia: uma aplicação do conceito de vantagem comparativa revelada
Daniel Luiz Amorim COUTO
Adriana Vieira FERREIRA
RESUMO
Este trabalho visa investigar a competitividade dos principais produtos da pauta de exportações do Complexo Agroindustrial de Minas Gerais para a União Européia, no período de 1996 a 2003. O complexo carnes e as cadeias do café, da soja e da madeira foram os objetos desse estudo. Foi calculado o Índice Vantagem Comparativa Revelada, que buscou medir as mudanças na pauta de exportação mineira, com destino à União Européia. Os resultados apontam, para Minas Gerais, alta competitividade somente para os produtos café em grão e pastas de madeira, dentre os produtos analisados. No entanto, o café processado, e as cadeias da soja, da madeira, das carnes bovina e de aves, vem ganhando participação ao longo do período analisado. Conclui-se que os produtos agrícolas com menor valor agregado ainda são líderes de competitividade na pauta de exportações mineiras com destino à União Européia. Contudo, em alguns complexos, como o do café, os produtos beneficiados começam a apresentar incremento na competitividade, o que torna possível políticas de longo prazo para que o estado amplie a capacidade de exportar produtos com essa característica. Palavras-chave: Competitividade, exportações, agronegócio
1. INTRODUÇÃO
Há consenso na literatura sobre a necessidade de se implementar uma política de promoção de exportação no Brasil. As políticas desse caráter devem ser pautadas na busca da ampliação e da diversificação dos mercados, bem como dos destinos das relações externas do país. A elevação da diversificação possibilitaria a redução da volatilidade das exportações e os resultados poderiam ser observados no curto prazo.
Atualmente, portanto, além das chamadas vantagens comparativas, há necessidade de observar outros condicionantes da produção que, cada vez mais, estão