Autoridade e racionalidade

AUTORIDADE E RACIONALIDADE A formação do ser humano por outros tem sua história constituída na cultura e possibilita ao indivíduo seu desenvolvimento de sua humanidade no sentido da consciência coletiva. Por meio das relações sociais historicamente determinadas que os indivíduos vão produzir e reproduzir aquilo que apreenderam dos elementos materiais, culturais e mentais. Segundo Roure o homem desenvolve sua humanidade quando internalizam a cultura, quando se apropriam da realidade, dos símbolos oferecidos pela cultura e fazem-se apreender das ferramentas que agem sobre ela que os homens constituem-se. Para isso, não há apenas a contribuição de instituições sociais como 'Estado, família e a escola, como também os mais diversos aspectos e expressões da cultura dispostos nas tramas das relações sociais'' (ROURE, 2009, p.29). A formação de cada indivíduo seria o resultado da atividade coletiva dessas instituições e teriam como objetivo a manutenção da vida. As atividades que tem por objetivo garantir a manutenção da existência são concebidas como trabalho e “requerem que o homem estabeleça relações não apenas com a natureza, mas com seus semelhantes e com as gerações que o antecederam e que o seguirão” (ROURE, 2009, p.29).
Nas condições de existência que caracterizam o modo de produção capitalista, a progressiva alienação nos processos das relações sociais e de conformação do homem é materializada, estimulando uma mentalidade que institui a dicotomia entre indivíduo e sociedade, entre realidade e consciência. (ROURE, 2009,p.29)

Essa alienação, impossibilitaria então, “a apreensão da realidade como concretização da experiência e da história humana na sua relação com a natureza”. Como resultado desse processo reproduzido pelo capitalismo, a ideologia é constituída de representações, pensamentos e ideias pelas quais a realidade é percebida de modo apenas “aparente, fragmentado e ilusório” e oculta contradições e mecanismos de dominação que ela encerra