Autoridade docente, autonomia discente: uma equação possível e necessária

POSICIONAMENTO SOBRE O TEXTO

Márcia Jeane Ferreira de Aviz1

Julio Groppa Aquino é livre-docente da Faculdade de Educação da USP. Formado em psicologia, com mestrado e doutorado em psicologia escolar pela USP, é autor e colaborador de várias obras sobre algumas tensões que atravessam a educação contemporânea, entre elas o cotidiano escolar, as inflexões disciplinares, a relação família-escola e outros. Foi também colunista das revistas “Nova Escola” e “Educação”. (CPFCULTURA, 2011) Em seu texto, Autoridade docente, Autonomia discente: Uma equação possível e necessária, o autor expõe o conceito de autoridade percebida como reguladora das relações entre os sujeitos, e que constantemente se concretizam por meio das regras, que abarcam os fundamentos da ação e o convívio entre pares. Na página 136 do texto, podemos observar uma definição de autoridade para reflexão '' a autoridade é fenômeno de cunho institucional, estritamente vinculado à ideia de delegação e crédito ao outro (...) isso denota que os atuantes de determinada prática devem ser avaliados e referendados pelo seu outro complementar''. Ao tratarmos dos professores, o trabalho é avaliado pelos estudantes e por suas famílias, e essa autoridade em sala foi oferecida não porque o educador sabe tudo e deve transmitir esse conhecimento às crianças que devem ficar pacíficas e fazerem sua parte, mas deve haver um método de construção mútua. Quando o professor ouve seus alunos isso não significa que ele perdeu o controle da aula, e, portanto sua autoridade, mas que faz parte de sua responsabilidade mediar a construção do processo de conhecimento, e as relações entre os pares, pois essa autoridade foi lhe atribuída com essa finalidade, e não para cobrar posturas militares em sala de aula, silêncio e obediência. Para que haja uma relação harmoniosa entre os alunos e o professor, o último deve abandonar a posição de '' superior'' na hierarquia escolar, e deve em vez