Auto da barca do inferno (análise)

580 palavras 3 páginas
Embora o Auto da Barca do Inferno não integre todos os componentes do processo dramático, Gil Vicente consegue tornar o Auto numa peça teatral, dar unidade de acção através de um unico espaço e de duas personagens fixas " diabo e anjo".

A peça inicia-se em um lugar imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno,e a Barca da Glória. Onde esperam em uma proa
Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens: * Fidalgo, D. Anrique; * Onzeneiro (homem que vivia de emprestar dinheiro a juros muito elevados naquela época, um agiota); * Sapateiro de nome Joanantão, que parece ser abastado, talvez dono de oficina; * Joane, um Parvo, tolo, vivia simples e inconscientemente; * Frade cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença; * Brísida Vaz, uma alcoviteira; * Judeu usurário chamado Semifará; * Corregedor e um Procurador, altos funcionários da Justiça; * Enforcado; * quatro Cavaleiros que morreram a combater pela fé.
Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará. No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória (embora este último permaneça toda a ação no cais, numa espécie de Purgatório), todos os outros rumam ao Inferno. O Parvo fica no cais, o que nos transmite a ideia de que era uma pessoa bastante simples e humilde, mas que havia pecado. O principal objectivo pelo qual fica no cais é para animar a cena e ajudar o Anjo a julgar as restantes personagens, é como que uma 2ª voz de Gil Vicente.
A presença ou ausência do Parvo no Purgatório aquando do fim da peça acaba por ser pouco explícita, uma vez que esta acaba com a entrada dos Cavaleiros na barca do Anjo sem que existissem quaisquer outros comentários do Anjo ou do Parvo sobre o seu destino final.

Fazendo uma análise das personagens, cada uma representa uma classe social, ou uma determinada profissão ou mesmo uma crença. À medida que estas personagens vão surgindo vemos que todas trazem

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