Augusto comte

1913 palavras 8 páginas
gusto AUGUSTO COMTE

Assim escreveu Comte:
“Depois de ter explicado as leis naturais que devem determinar, no sistema da sociabilidade moderna, a indispensável concentração das riquezas entre os lideres industriais, a filosofia positiva mostrará que para os interesses populares pouco importa em que mãos habitualmente se encontram os capitais contanto que sua utilização normal seja necessariamente útil à massa social. Ora, esta condição essencial, pela sua natureza, depende muito mais dos meios morais do que de medidas políticas. Por mais laboriosos entraves que as opiniões estreitas e as paixões rancorosas possam instituir legalmente contra a acumulação espontânea dos capitais, mesmo correndo o risco de paralisar diretamente toda a verdadeira atividade social, é claro que esses procedimentos tirânicos teriam uma eficácia real muito menor do que a reprovação universal aplicada pela moral positiva a qualquer uso demasiado egoísta das riquezas; reprovação tanto mais irresistível quanto aqueles mesmos que deveriam sofrê-la não poderiam recusar o princípio inculcado em todos pela educação fundamental comum, como foi demonstrado pelo catolicismo na época da sua predominância... Contudo, mostrando ao povo a natureza essencialmente moral de suas reclamações mais graves, a mesma filosofia fará com que, também as classes superiores sintam de modo necessário, o peso dessa apreciação, impondo-lhes com energia, em nome de princípios que não são mais contestáveis abertamente, as grandes obrigações morais inerentes à sua posição; de modo que, a propósito da propriedade, por exemplo, os ricos se considerarão moralmente como depositários necessários dos capitais públicos, cujo emprego efetivo, embora não possa acarretar qualquer responsabilidade política (salvo em alguns casos excepcionalmente aberrantes) será contudo sujeito a escrupulosa discussão moral, acessível, necessariamente a todos, sob condições apropriadas, e cuja autoridade

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