Auditoria
“Um bom controlo interno é um dos mais efectivos dissuasores da fraude…”
William McDonough – Chairman PCAOB, Junho 2004
“Não há forma de medir quantos fracassos pela informação serão evitados e quantos dollars investidos serão poupados devido ao aumento de atenção a um efectivo sistema de controlo interno.”
Donald T. Nicolaisen – Chief Accountant SEC, Outubro 2004
INTRODUÇÃO
O revisor/auditor deve planear o trabalho de campo estabelecendo qual a natureza, a extensão, a profundidade e oportunidade dos procedimentos a pretende adoptar, com vista a atingir o nível de segurança desejado, tendo em conta para a sua determinação o risco da revisão/auditoria e a definição dos limites de materialidade, que lhe permita expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras. O revisor/auditor deve adquirir conhecimento suficiente da entidade e do seu negócio, através de uma prévia recolha e apreciação crítica de factos significativos, dos sistemas contabilístico e de controlo interno, e dos factores internos e externos que condicionam a estrutura organizativa e a actividade exercida pela entidade. Neste contexto, e dentro de todos os procedimentos de auditoria, consideramos ser imperativo, numa economia cada vez mais informatizada e com a crescente aplicação de novas tecnologias, avaliar a forma como o sistema de controlo interno efectivamente funciona e a forma como eles afectam a revisão/auditoria. No decorrer do presente trabalho, tentaremos definir o Controlo Interno (CI) bem como abordar a importância da sua análise a nível nacional e internacional, e quais os procedimentos de auditoria a realizar.
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Temas de Contabilidade, Fiscalidade, Auditoria e Direito das Sociedades
1. DEFINIÇÃO E ÂMBITO
O CI é definido como um processo, efectuado pela Gestão e todo o pessoal, desenhado para dar uma segurança razoável a uma organização de forma a atingir os seus objectivos em três áreas essenciais: • Eficácia e