Ates visuais e educação ambiental
Elizabeth Milititsky Aguiar
Professoras de Séries Iniciais são desafiadas a incluir na sua programação semanal “aulas de Arte”, o que constitui efetivamente um desafio, uma vez que, na sua formação, pouca ênfase é atribuída a esta área de conhecimento e, conforme depoimentos coletados, a vida escolar em geral apresenta poucas experiências significativas nesta área. Conseqüentemente, o que usualmente é proposto corresponde à ilustração de algum conteúdo ou experiência relacionado ao conhecimento de outra área (a ilustração de uma história ou de um passeio); atividades justificadas por desenvolverem a motricidade (colar bolinhas de papel crepom sobre um modelo) ou, por fim, a manipulação livre de materiais. O primeiro destes aspectos aponta para a necessária retomada da uma discussão, freqüente nas últimas décadas, sobre o papel da Arte nos currículos escolares: a necessidade de desvinculação do caráter ilustrativo que se consolidou, uma subserviência às demais áreas do conhecimento. Em resumo, as aulas de Artes eram - e mais freqüentemente do que o desejável permanecem na prática - concebidas como um “enfeite”.
O conhecimento em Arte ainda não é, dominantemente, objetivo traçado, resultando no afastamento acentuado, por parte dos alunos, desta área da produção da cultura. Por isso, postula-se a centralidade da Arte nos currículos escolares, tratando-a não como um apêndice das outras áreas, mas como um campo de conhecimento específico, com conceitos e habilidades que exigem experimentação, conhecimento, elaboração, trabalho e pesquisa próprios.
Entretanto, bons currículos em Arte, que promovam o desenvolvimento dos alunos nesta área da produção e do conhecimento humano, não são antagônicos às outras áreas do conhecimento, são por elas enriquecidos e contextualizados.
Permanece, então, uma provocação: como realizar, nas condições objetivas da sala de aula dos diversos níveis do