Atenção Primária à Saúde na era pós CF/88

Atenção Primária à Saúde na era pós CF/88
A tentativa de aproximar o trabalho em saúde da população se da início na segunda década do século XX quando se atribuía os conceitos de Distrito Sanitário e Centros de Saúde, diversas metodologias foram usadas em diferentes países. As autoridades sanitárias dos Estados Unidos entenderam da necessidade de uma administração para relacionar os serviços de uma população delimitada, ou à população de uma área definida, sendo denominado Centro de Saúde.
Ainda nos Estado Unidos, em 1966, se considerou a APS como: “Oferta do primeiro contato, adoção de responsabilidade longitudinal pelo paciente independentemente da presença ou ausência da doença e a integração dos aspectos físicos, psicológicos e sociais da saúde”.
Forma de aporte de cuidados médicos que acentua o primeiro contato e assume a responsabilidade continuada na manutenção da saúde e no tratamento de doenças do paciente. Esses cuidados personalizados implicam uma interação única da comunicação entre o paciente e o médico, que inclui coordenação da atenção aos problemas de saúde do paciente, tanto biológicos, psicológicos como sociais. Na Inglaterra em 1920 o relatório de Dawson, elaborado pelo Ministro de Saúde, associa a ideia de regionalização e hierarquização e apresenta as primeiras noções de que se tem documentado de atenção primária em saúde. Mas, foi o clássico estudo de White et al. (1961) que chamou definitivamente a atenção para a “Atenção Médica Primária”, ao demonstrar que a imensa maioria do cuidado médico dos Estados Unidos e Reino Unido era realizado neste nível de atenção, evidenciando que o atendimento em hospitais universitários representava apenas uma discreta fração do total. Em setembro de 1978 realizou-se a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde em Alma-Ata, antiga URSS, promovida pela Organização Mundial de Saúde e o Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), a Declaração reafirma que a saúde é um direito