Assédio moral no trabalho

Assédio Moral no Trabalho
As relações sociais e suas funções na sociedade geram conflitos que sempre se fazem presentes. O convívio com as pessoas diariamente em organizações possibilitam vivenciar situações que suscitam desânimo, derrota, incapacidade, falta de habilidade, de conhecimento. Sensações que não são agradáveis, mas que estão presentes. Este é um fenômeno conhecido como assédio moral, também denominado psicoterror ou coação moral.
Embora o trabalho seja inerente à sociedade humana, as primeiras relações como as que conhecemos hoje surgiram no período da idade média. Com o flagelo do império romano, alguns tiverem de se submeter a condições de trabalho precárias (escravos e servos), em função da desigualdade social. A desigualdade se prolonga através dos séculos seguintes, com o advento do Iluminismo e posteriormente da Revolução Francesa, começam a aparecer os primeiros marcos da inversão do quadro de abuso psicológico até aqui exposto.
Em conjunto com os ideais do liberalismo na Revolução Francesa, as ideias de Karl Marx tiveram ressonância na sociedade trabalhista a partir da Revolução Industrial. Nasce a luta por melhores condições de trabalho no mundo, cujos principais marcos são: a Lei de Peel (1802); reconhecimento dos sindicatos na Inglaterra (1824); a Constituição do México; a declaração dos Direitos Humanos traz algumas adições a respeito de férias anuais, descanso e lazer e finalmente o reconhecimento dos direitos trabalhistas no Brasil em 1927.
O assédio moral pode ser conceituado como uma conduta abusiva, de natureza psicológica, que atenta contra a dignidade psíquica do indivíduo, de forma repetitiva, tendo por efeito a sensação de inferioridade, incapacidade e exclusão do ambiente e do convívio social. Qualquer conduta abusiva manifestando-se, sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, por em perigo seu emprego