As teorias do conhecimento
Objetivismo
A ideia do objetivismo consiste na crença de que o objeto é o elemento determinante entre os dois membros da relação de conhecimento ( sujeito e objeto). Segundo o objetivismo, não há o conhecimento do objeto porque há previamente o sujeito cognoscente. O sujeito deve estar consciente da realidade objetiva, não o contrário. A mente não determina a realidade como ela é. O primeiro a teorizar sobre isso foi Platão, em sua Teoria das Ideias, onde tomava as ideias como realidades objetivas, substanciais. Se colocarmos o mundo sensível frente ao supra-sensível, vemos que o primeiro toma forma na intuição sensível, na percepção, quando no segundo a descoberta do objeto pelo sujeito se dá pela intuição não-sensível, a intuição das Ideias.
Além de Platão, outro teórico que trata a respeito disso é Edmundo Husserl. Ele, assim como Platão, faz distinção entre a intuição sensível e a não-sensível. Entretanto, a designação do conceito de “ideia” para Platão muda para “essência”, quando vamos falar de Husserl.
Subjetivismo
No subjetivismo a responsabilidade do conhecimento é colocada sobre o sujeito, não mais sobre o objeto, como no objetivismo. Transfigura o mundo das ideias para o sujeito o conhecimento e deixa, portanto, de habitar num plano de idéias para fazer morada no próprio sujeito. O característico do conhecimento já não mais consiste numa concentração de foco no mundo objetivo, mas num voltar-se para aquele sujeito como sendo um supremo conhecedor.
Agostinho é o primeiro a fazer essa inversão do plano objetivo para o plano subjetivo quando colocou o mundo flutuantes das ideias platônicas no Espírito Divino.
Realismo.
O realismo parte do pressuposto epistemológico segundo o qual existem coisas reais, independentes da consciência humana. Hessen fala de três tipos de realismos: o realismo ingênuo, aquele que não faz nenhuma reflexão epistemológica; o realismo natural, este está condicionado por reflexões