As prisões da Superstição e da Vaidade

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As prisões da Superstição e da Vaidade

Para entender a necessidade de abandonar a superstição e a vaidade na busca da Compreensão, é necessário entender o significado dessas duas prisões.
A superstição, entendida como crendice, é convicção recebida diretamente do ambiente, sem o crivo do intelecto. É a própria negação do exercício intelectual. A mente que abriga uma crendice possui cantos obscuros, onde a lógica não penetra, onde a própria Luz da Razão não ilumina. Ao permitir que a superstição, normalmente arraigada desde a mais tenra infância, sirva de abrigo a um mundo mágico, e não lógico, o ser pensante coabita na mente com outro, furtivo, irracional, que toma de assalto as percepções e modifica a visão da Realidade, nublando os olhos e enfraquecendo os ouvidos.
A superstição, entendida como preconceito, é convicção adquirida intelectualmente, mas sem o crivo do discernimento. É a idéia cristalizada, inquestionada, que permanece como pano de fundo em todos os processos da mente, que serve de ponte improvisada para as mentes preguiçosas, que se recusam a descer honestamente ao vale dos fatos, e a escalar criteriosamente a escarpa dos raciocínios. Ao permitir que o preconceito, normalmente adquirido ao longo da vida inteira, sirva de muleta ou escora, o ser pensante coabita na mente com outro, rancoroso, preguiçoso, que se interpõe nos caminhos do raciocínio, impondo respostas prontas a questões cuja solução ainda teria de ser buscada pelo trabalho duro do pensamento.
É somente esmagando a superstição que o Homem abandona as fórmulas prontas e os limites artificialmente construídos ao redor de sua mente, e se expõe às intempéries da dúvida e dos questionamentos, agarrado unicamente ao bastão da Razão, para fazer frente, dignamente, às exigências da Vida.
A vaidade, em um sentido individual, é espelho distorcido, que não permite enxergar as limitações de nossos trabalhos anteriores, não oferece visão clara de nossos defeitos presentes, e oculta as

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