as invençoes dos direitos humanos
Leia a resenha desse livro escrita por Henrique Sartori.
A obra em questão trata da temática dos direito humanos, mais especificamente, do desejo da autora, a historiadora norte-americana Lynn Hunt, de explorar o interesse moderno que o tema traduz.
A autora analisa com saber o aspecto histórico construído ao redor dos direitos fundamentais, com muita propriedade, ao destacar que “por quase dois séculos, apesar da controvérsia provocada pela Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão encarnou a promessa de direitos humanos universais”.
Esta obra, A invenção dos Direitos Humanos: uma história, é uma tradução nascida de seu livro, Inventing Human Rights do ano de 2007. Nesta obra nos deparamos com cinco capítulos que traçam e buscam alertar o leitor sobre a problemática, o valor da proteção, manutenção e do respeito aos direitos humanos.
Logo no primeiro capítulo, intitulado “Torrentes de Emoções”, a autora aponta para uma forma muito sutil de aprendizado das normas sociais: a utilização de romances para se criar uma atmosfera favorável ao tema central ou como uma forma de influenciar o leitor a ‘tomar gosto” pelo tema (direitos humanos) e que pudesse analisá-lo de forma crítica, que por muitas vezes, se apresentava implícito nos textos dos romances.
Jean-Jaques Rousseau utilizou deste expediente ao escrever “Júlia ou A nova Heloísa” (1761), um romance que fez alusão a outro, sobre a história medieval e conhecida, do amor entre Heloísa e Abelardo.
Destaca a autora que:
“Os romances apresentavam a idéia que todas as pessoas são fundamentalmente semelhantes por causa de seus sentimentos íntimos, e muitos romances mostravam em particular o desejo de autonomia”.
Este tipo de abordagem aproximava o leitor da realidade dos ‘heróis’ ou ‘heroínas’ que os autores descreviam em suas obras, traduzindo em vezes, em um sentimento de paixão e de apoio às