As estratégias narrativas da obra o conquistador, de almeida faria

1438 palavras 6 páginas
Este trabalho visa analisar a obra O Conquistador, de Almeida Faria, levando em conta as estratégias narrativas do autor, tr romance resgata o mito sebastianista através do personagem Sebastião Corrêa de Castro, homónimo de D. Sebastião, décimo-sexto rei português, que viveu entre 1554 e 1578, desapareço na batalha de AJcacer-Q«ibir-r A narrativa recontextualiza, no final do século XX, o retorno às avessas de O Desejado na pessoa de um homem comum.kf> destemido e jovem rei,;que sonhava.em baíalíg|f||||j|^oi tornado mito, poi o povo
Podemos destacar como principal estratégia a paródia. Lembrando que a paródia é uma composição literária que imita cómica ou satiricamente, o tema e/ou a forma de uma obra séria, com o propósito de ridicularizar uma tendência ou um estilo que, por qualquer motivo,se torna conhecido e dominante.
O romance se constitui como uma autobiografia, tendo Sebastião como personagem-narrador e que apresenta a história de sua vida desde o nascimento até seus vinte e quatro anos, momento em que, perturbado por uma crise de identidade, resolve exilar-se para refletir sobre sua existência. Sebastião fala sobre seu nascimento, sua infância, seus sonhos e seus envolvimentos amorosos.
A vida de Sebastião é permeada por acontecimentos insólitos que o relacionam e o proximam de D. Sebastião. A comparação com o rei aparece desde o início do texto, já que este se inicia no aniversário de 24 anos de Sebastião, quando ele se refugia numa rmida, com medo de não viver mais do que o rei viveu. O protagonista nasce no mesmo a que o rei. O nome dos pais e dos avós dos dois é o mesmo. Sebastião é também, sicamente e psicologicamente parecido com D. Sebastião. Tais fatos fazem com que muitos pensem que ele é a reencarnação do monarca.

Além dessas semelhanças, o próprio nascimento de Sebastião, nascido do ovo, alude à ideia do regresso de D. Sebastião num dia de nevoeiro, ponto fundamental do mito ( sebastianista. É a avó quem conta a versão mítica sobre o

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