As Comunas Na Idade M Dia
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As Comunas na Idade Média (Século XII): O presente trabalho abordará as comunas na Idade Média em seu processo de emancipação política criadas no desenvolvimento de uma consciência de classe do citadino medieval. Assim, a partir do século XI, com o processo da Paz de Deus e o assentamento das relações sociais constituintes das três ordens, houve um reaquecimento da economia em uma base monetária e o surto de desenvolvimento nas cidades no medievo ocidental e, com ele, a riqueza material no solo urbano, possibilitando o desenvolvimento dos meios de produção e dos interesses individuais no âmbito privado. A sociedade urbana criou os fundamentos de sua liberdade na base dos direitos citadinos e comerciais. Nesse sentido, analisaremos as lutas de classes inseridas nas cidades medievais do século XII e a conquista do poder político, transformando-as em comunas, isto é, cidades que adquiriam direitos e prerrogativas de legislaram-se através de regulamentos próprios, através dos estatutos da cidade. Para tanto, faremos uma leitura e análise da historiografia e de algumas cartas de franquias conquistadas nas lutas de classes no interior do espaço urbano, as quais lhes conferiam o estatuto de cidades livres. Isto é, cidades cujos citadinos possuem direitos e deveres junto às comunas. Nesta conjuntura, a conjuração foi o prenúncio das lutas de classes e do movimento comunal na defesa dos interesses particulares e privados dos citadinos medievais e da própria cidade, posto que ele se irrompe contra a hierarquia e contra os princípios ideológicos estabelecidos nas três ordens sociais, pois os citadinos não faziam parte da determinação estabelecida pela providência divina para a vida social no feudo. A cidade é um acaso no mundo feudal que produziu riquezas e desenvolveu a individualidade em meio à coletividade. Desse acaso, nasceu os interesses de classe por liberdade. Portanto, o desencadeamento das lutas de classes tinha, por finalidade, a liberdade de comercializar sem os