Artigo

ASPECTOS CLÍNICOS E MICROBIOLÓGICOS DE PACIENTES FUMANTES PORTADORES DE DOENÇA PERIODONTAL CRÔNICA.

Introdução A doença periodontal afeta a estrutura de suporte dos dentes em 10-15% da população e é caracterizada pela destruição do osso alveolar levando eventualmente, à perda do dente (I. B. Darby, P. J. Hodge, M. P. Riggio¹, D. F. Kinane).
Os fatores de risco da doença periodontal são: o fumo, genética, gravidez e puberdade, estresse, diabetes, má nutrição, medicamentos, parafunção e outras doenças sistêmicas. Com relação ao fumo, diversas evidências científicas têm apontado o hábito de fumar como um dos principais modificadores da doença periodontal, aumentando sua severidade, incidência e dificultando seu tratamento (SALUM, 2007; MIOSHY, 2008).
O uso do tabaco tem sido relacionado à prevalência e severidade da doença periodontal, principalmente em relação à inflamação e perda óssea e também tem sido considerado o maior fator de risco para doença periodontal crônica (DINELLI et al, 2008).
Estudos demonstraram que fumantes comparados aos não fumantes, têm bolsas mais profundas, maior perda óssea e uma maior frequência de perda de dentes (Arno et al. de 1959, Solomon etai. 1968, Sheiham 1971, Feldman et ai. 1983, Ismail et ai. 1983, Axelsson et al. 1998). Essas associações têm sido confirmadas em estudos que mostram que fumar é um fator de risco para o aumento da profundidade de sondagem e perda de inserção (Beck et al. 1990, Ismail et al. 1990, Horning et al. 1992, Locker & Leake 1993, Brown et al. 1994).
Existe uma forte relação do fumo de cigarro com a quantidade de depósito de cálculo subgengival expressos em 71%, 53% e 28% em fumantes, ex-fumantes e não-fumantes, respectivamente(VINHAS, PACHECO, 2008). Vários pesquisadores (Feldman et al. 1983, Bergstrom & Eliasson 1987, Linden & Mullally 1994) relataram que a doença periodontal está diretamente correlacionada com a quantidade de consumo de tabaco diária e por quanto tempo um