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CEFATEF | 28-08-2013
TRABALHO E CAPACITAÇÃO COMO RESGATE DE AUTONOMIA

Sou Assistente Social, tenho muito orgulho em dizer que estou com cinquenta anos, casada há trinta anos, três filhos e uma neta. Tranquei a Graduação de Letras em 1983, casei e continuei trabalhando no comércio (gerente de quatro lojas no Rio de Janeiro), entre idas e vindas, com quarenta e cinco anos eu não conseguia mais colocação neste segmento. Já em São Paulo, a Profª Cléo Melo do CEFATEF me deu uma oportunidade para ser secretária em seu novo consultório. Confesso que não acreditava em nenhum tipo de terapia, porém não verbalizava porque necessitava do emprego.

Nas primeiras semanas de trabalho, observava que os casais chegavam calados, sentavam-se cada um em um sofá e quase não conversavam, porém na segunda ou terceira sessão de Terapia Familiar, já estavam no mesmo sofá de mãos dadas. Percebi, para meu espanto, que a Terapia funcionava, e naquele momento eu já auxiliava a Profª Cleo nas aulas do curso de terapia Familiar que eram ministradas na FAPSS e pela sua necessidade e generosidade, tive acesso a todo o conteúdo do curso como ouvinte. Costumo dizer que ganhei um mundo de presente e um horizonte de oportunidades. A “Terapia Familiar me escolheu”, mas para isso eu precisava me graduar, eu não acreditava em mim, mas, por ocasião do vestibular da FAPSS, fui incentivada pelos profissionais do CEFATEF e passei em terceiro lugar dentre oitenta candidatos.

Na graduação aprendi que o Serviço Social trabalha com as mazelas e os menos favorecidos da sociedade, muitas vezes com políticas públicas que, além de não colaborarem para autonomia, acabam por criar vínculos clientelistas. Por ocasião do estágio supervisionado, estive em contato com moradores em situação de rua, conheci e entrevistei a Assistente Social do Projeto de Capacitação em Reciclagem da Coorpel – Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos e, fiquei encantada com a oficina de reciclagem de lixo, decidindo que iria tratar