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"(...) 6.3: A lei da negação da negação: em qualquer esfera da realidade material ocorre constantemente o processo de esgotamento do velho, do caduco, e de aparecimento do novo. A substituição do velho pelo novo é o desenvolvimento; e a superação do velho pelo novo, que surge tendo por base o velho, é o que se denomina negação. O termo “negação” em filosofia foi introduzido por Hegel, mas este lhe conferia um sentido idealista. Do seu ponto de vista, por meio da negação desenvolve-se apenas a idéia, o pensamento. Marx e Engels, tendo conservado o termo, interpretavam-no do ponto de vista materialista. Demonstraram que a negação representa um momento inseparável do desenvolvimento da própria realidade material. “Em nenhuma esfera – indicava Marx – pode ocorrer um desenvolvimento que não negue suas formas anteriores de existência”. A negação não é algo introduzido de fora no objeto ou no fenômeno. É o resultado de seu próprio desenvolvimento interno. Os objetos e fenômenos, como já dissemos, são contraditórios e, desenvolvendo-se na base de contradições internas, criam as condições para a sua própria destruição, para a passagem a uma qualidade nova e superior.

A dialética e a metafísica concebem de modo diverso a questão da essência da negação. A metafísica, deformando o processo de desenvolvimento da realidade material, compreende a negação como a eliminação e a destruição absoluta do velho. Os dialéticos denominam tal concepção da negação como inútil, pois ela exclui qualquer possibilidade de desenvolvimento posterior. A concepção dialética da negação parte de que o novo não destrói simplesmente o velho, mas conserva tudo o que de melhor estava contido neste. Mas é preciso ter em vista que o novo nunca toma o velho inteiramente em sua forma anterior. Conserva-o, reelaborando-o; o eleva a um grau mais elevado. A dialética marxista, por exemplo, não incorporou simplesmente as conquistas do pensamento filosófico do passado, mas reelaborou-as criticamente,

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