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INTRODUÇÃO O primeiro grupo social a qual um indivíduo pertence é a família, sendo assim, o convívio familiar induz primordialmente no dialeto da criança. Logo após, os amigos e a escola contribuem para maior formação linguística. Esses ambientes podem ser chamados de domínios sociais. “Podemos chamar esses ambientes, usando uma terminologia que vem da tradição sociológica, de domínios sociais. Um domínio social é um espaço físico onde as pessoas interagem assumindo certos papeis sociais.” (BORTONI Ricardo 2004, p. 23) As variações linguísticas descendem de vários fatores tais como: grupos etários, gênero,status socioeconômico, grau de escolarização. Nos grupos etários as diferenças linguísticas acontecem entre as gerações: os avós falam diferente dos filhos e dos netos. Quanto ao gênero nota-se que as mulheres falam diferente dos homens, elas usam mais “carinho” na hora de se comunicar, enquanto os homens falam sem gesticular tanto quanto elas. Em relação ao status socioeconômico, Bortoni Ricardo (2004) afirma que:
As diferenças de status socioeconômico representam desigualdades na distribuição de bens materiais e de bens culturais, o que de reflete em diferenças sociolinguísticas. Entre os bens culturais, ressalte-se a inclusão digital. O acesso ao computador e à internet está claramente associado ao status socioeconômico.

O grau de escolarização influencia na linguagem do indivíduo, quanto maior o grau melhor repertório o falante terá. Levando em consideração tais afirmações o presente trabalho busca analisar as variações linguísticas de um divertido personagem das histórias em quadrinhos, Chico Bento da Turma da Mônica, que apresenta traços linguísticos diferentes daqueles adotados pela norma culta, sendo possível divergi-los com as falas das demais personagens mostrando a heterogeneidade da língua.

1. CHICO BENTO, “O GAROTO CAIPIRA”. Criado por Maurício de Sousa e inspirado