arte e beleza

Resumo do filme "A grande beleza" (comparação ao filme “Morte em Veneza”)
Micaelly Lacerda - Turma A - Professora Luciana Chen – 24/08/2015

A crítica da fragilidade e a ignorância da religiosidade, o sarcasmo à futilidade da sociedade e os supostos absurdos e incoerências sendo vistos como arte. O filme mostra a superficialidade da alta sociedade, extremamente fútil que gosta de segregar "isso é bom, nós gostamos" "isso é de mal gosto, é para a plebe", “Isso é para elite.”, “Isso é para a classe C”. É aí que se encontra o vazio dos tempos modernos.
Jep mora em um apartamento com uma sacada enorme em frente ao Coliseu, e diz que passou a vida inteira buscando a grande beleza e não a encontrou, mas todos os dias ele acorda com uma vista para esse grande monumento, e isso para ele não é belo o suficiente, o que pode ser interpretado como o fato de que qualquer pessoa enjoa de qualquer coisa, ou de que nada é tão belo assim. Ele busca por uma motivação que vai além das superficialidades.
No filme, a sociedade cria conceitos ilusórios para preencher o vazio existencial que acaba por se tornar algo decadente que se aceita como tal porque não encontra perspectiva de mudanças.
O filme instiga uma reflexão profunda de forma sutil, contrapondo a superficialidade mundana com a profundidade dos sentimentos e conflitos do personagem principal. Assim como em “Morte em Veneza”, onde o compositor Aschenbach um dia teve sua juventude à flor da idade, em “A grande beleza”, em algum momento de suas vidas, os personagens também tiveram suas grandes belezas. Antes de Roma, antes do prestígio. Uma grande beleza que não se encontra na paisagem, nos bens materiais... Mas que está guardada nos cantos mais íntimos do coração, nas experiências mais significativas, na simplicidade da vivência. A beleza que, quando redescoberta, impulsiona novamente à vida, não mais à sobrevivência ligada apenas ao prazer, vazia e sem sentido.
Por detrás da superficialidade, do inexplicável, do