Arquitetura neoclassica

Arquitetura da Razão – NEOCLASSICISMO – 1760-1840

Neste período o mundo passa a viver um processo de mudança não só na política, mas principalmente na forma de vida. Com o iluminismo, a burguesia passa a ocupar lugar, mas com restrições de acesso ao poder de integrantes da sociedade ainda, como professores ou banqueiros.
A sociedade passa a cobrar seu lugar, exige maior participação nas decisões, situações estas que foram criadas principalmente por pensadores filósofos como John Locke, Rousseau e teóricos do estado como Montesquieu. A proposta era de uma sociedade com regras claras definidas e respeitadas, por previsões prévias na Constituição e nas leis.
Os direitos do homes passam a serem considerados. As explicações divinas são questionadas, o homem está em busca do saber. O estado democrático rejeita a explicação que se deve viver por questões divinas, Deus continua a ser o criador, mas não o guia da humanidade.
Neste cenário surgem construções que não estão mais voltadas para vontade divina. O interesse do construído visa agradar ou servir a necessidade do homem. A arquitetura deste período se volta a construir espaços que possam influenciar o homem positivamente, voltadas a moral e a razão. A arquitetura expressaria os ideais do iluminismo, do sonho, da utopia.
Em razão disso, as obras passaram a ter características expressivas, pois precisavam demonstrar àquele moral, por interesse em agradar o homem, associado à adequação de funções aos materiais disponíveis. Os aspectos revolucionários desta arquitetura visavam quebrar com as tradições, concebendo projetos exuberantes e clássicos. Porém, contestadores da forma exagerada do barroco ou do rococó, as propostas eram produzir linhas claras e elegantes, com corpos compactos, ainda simétricos, entretanto, voltados para o cenário da antiguidade clássica. O retorno a antiguidade clássica pode ser explicada ao fato do iluminismo ser dotado de ideias do renascimento e do humanismo, por isso torna-se adequado