Arquitetura da violencia

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Em uma tentativa de reintegração de posse na zona leste de São Paulo, Polícia Militar usa de violencia contra moradores, escancarando a exclusão territorial urbana.
A area ocupada, conhecida como Pinheirinho 2, encontra-se no distrito de São Mateus, Zona Leste, a cerca de trinta quilometros do centro de São Paulo. O local situa-se no extremo do distrito, na divisa com a Cidade Tiradentes a próximo a nascente do Rio Aricanduva. As familias que ocuparam essa região, vieram de uma remosão da obra de extensão da Avenida Jacu Pêssego, que permitiu a ligação da Ayrton Senna ao Rodoanel, e sem alternativas e tiveram que comprar um lote ainda que irregular. Isso porque, em vez de construir moradias dignas para as familias que foram removidas, o governo estatual preferiu, por meio do Dersa, conceder verba indenizatória, solução rapida e mais barata mas que, sem resolver o problema habitacional, acaba por levar as familias para as areas de risco, ocupações irregulares ou áreas de proteção ambiental. E mesmo que ainda, ao lado da área ocupada há uma enorme gleba classificada como Zeis 2!
Em uma outra situação envolvendo o modelo de exclusão territorial, pode-se notar em dois bairros próximos, Parque Santo Antonio e Alto da Mooca. Com quase 30 quilômetros de distância e uma diferença de 146 homicídios registrados desde 2011 separam o bairro que acumula os maiores índices de assassinatos do menos violento na capital paulista. Em uma pesquisa, realizada pelo jornalismo da Globo, com as delegacias dos dois bairros, enquanto uma registrou duas mortes a outra 146.
Que conclusão pode-se chegar com essa avaliação?
Que morar mal, em favelas e cortiços insalubres e sem infra-estrutura, muitas vezes determina a causa da morte que aparecerá no atestado de óbito do cidadão: homicídio.
Não se pode levar a conclusão como regra geral. Mas quem vive mal tem muito mais chance de ser assassinado do que quem mora em locais com boas condições urbanas.
Mas quando se chega ao Parque Santo

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