Arist_Fisica_I,7-8

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O conhecimento provém de duas fontes fundamentais:
- impressões sensoriais, ou seja, a relação directa, sem intermediários, com um objecto (Intuição). Note-se como ela se relaciona com um papel de passividade, afeição, por parte do sujeito;
- capacidade de conceber o conceito intelectual/formal de algo (Entendimento).

Se a primeira nos coloca perante a “posição” de um dado objecto, a segunda apresenta-nos o conceito, a forma, puramente mental, de uma dada entidade.

Conceitos destituídos de intuição sensível ou uma intuição desprendida de um conceito intelectual relacionado não podem produzir conhecimento. Assim, de modo a obter conhecimento deverão estar presentes quer dados sensoriais provenientes da experiência, quer conceitos intelectuais. Note-se, desde já, como existem intuições empíricas (por exemplo, este computador à minha frente) e intuições puras que não provêm da experiência e quem cabe a organização dos dados que provenham desta. Podem, de igual maneira, quer a Intuição, quer o Conceito, serem “Empíricos” ou “Puros”.
Uma Intuição ou um Conceito Empíricos decorrem da presença física perante o objecto. São Puros quando, ao invés, este está ausente.
A Intuição Pura corresponde à forma a priori da sensibilidade, ou seja, o espaço e o tempo. A Intuição Empírica relaciona-se com um objecto e constitui o fenómeno.
O conceito puro é apenas a forma geral do nosso próprio pensamento. O conceito empírico decorre de uma experiência prévia para a sua própria formação. Por exemplo, possuo o conceito de gato devido às ocasiões passadas nas quais me deparei perante um felino, no mundo material.
São as Intuição e Conceitos Puros a priori. Os Empíricos a posteriori.

Sensibilidade é a potência do corpo em sofrer afectações de algo que lhe é externo. Entendimento é a capacidade de produzir conceitos ou representações. Num ente finito a intuição é sempre sensível, pois esta decorre sempre da afectação deste por parte de um objecto que lhe é

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