Are your wages set in Beijing?

Os seus salários estão fixados de acordo com os de Beijing?
No artigo “Are your wages set in Beijing?” de Richard B. Freeman, o autor explora a possibilidade de os salários dos trabalhadores “menos habilidosos” – ou seja, que têm menor conhecimento técnico e que têm uma propensão menor a beneficiar o produto, dado que esse trabalhador é mais operador do que inovador, gestor ou estrategista – dos Estados Unidos e da Europa têm caido em valores reais no passar dos últimos anos sob um efeito direto dos baixos salários dessa classe trabalhadora dos países asiáticos, como China, Índia, Taiwan. Ele busca trazer a debate o por quê de os salários dos trabalhadores estadunidenses e dos europeus terem sido afetados mesmo por um país que está do outro lado do mundo.
Para começar a discussão, Freeman aponta que suas principais motivações para a formulação de ideias para esse debate são o processo de imizeração da classe trabalhadora menos qualificada e o aumento das importações de manufaturas dos países menos desenvolvidos pelos países mais desenvolvidos. E aponta esses dois principais motivos por acreditar que há uma relação entre o processo de miséria que a respectiva classe trabalhadora dos Estados Unidos e da Europa vêem enfrentando e a grande expansão da indústria manufatureira nos países menos desenvolvidos, como China e Índia, por exemplo.
Para explicar essa relação entre as duas coisas, ele mostra que um dos fatores mais primordiais (para um lado dos pensadores desse problema que acreditam na teoria do comércio internacional) para o debate é a compreensão sobre a Equalização de Preços dos Fatores. Esta que é um corolário do modelo de Heckscher-Ohlin, elaborado por Samuelson, explica que o comercio internacional traz a equalização dos rendimentos relativos e absolutos dos fatores homogêneos entre as nações. O comércio internacional acaba funcionando como um substituto da mobilidade internacional de fatores.
Partindo dessa definição, ao analisarmos o tema trazido