Apologia de socrates

APOLOGIA DE SÓCRATES

Resumo conciso da obra

1. Sócrates começa por referir que quase se convenceu com os argumentos retóricos dos seus acusadores: “Não sei, Atenienses, que influência exerceram os meus acusadores em vosso espírito; a mim próprio, quase me fizeram esquecer quem sou, tal a força de persuasão da sua eloquência. 2. Todavia, deixa bem claro que eles não falaram com exactidão: “Verdade, porém, a bem dizer, não proferiram nenhuma.” 3. Continua, apresentando a sua posição: “o que vou dizer é justo e ninguém espere de mim outra coisa para além disso”. 4. Seguidamente, declara que existem dois grupos de acusadores e delimita-os. 5. Apresenta, depois, as acusações do primeiro grupo de acusadores (os comediógrafos: Aristófanes, Crátino, Eupólis e Cálias) a. Sócrates é um delinquente; b. Culpado de indagar com impiedade os segredos que há sob a terra e o céu; c. De fazer prevalecer os argumentos nocivos; d. De ensinar os outros a fazer o mesmo; 6. Sucede-se a critica aos sofistas e a clara referência à “donta ignorância”: “Se fosse eu sentiria orgulho e vaidade de saber tantas coisas. Mas, para falar verdade, cidadãos de Atenas, não as sei.” 7. “Mas então, Sócrates, que vida é a tua? Donde provêm essas calúnias contra ti? Porque, na verdade, se nada fizeste de anormal, não terias a fama que tens, e não se falaria tanto contra ti. Explica-nos, pois, como tudo terá acontecido para que possamos julgar com conhecimento de causa.” * Com esta pergunta Sócrates introduz a exposição do motivo que levou à sua condenação: possuir uma espécie de sabedoria. 8. Sócrates considera-se um sábio da “sabedoria humana”, no sentido da sabedoria sobre o que é o homem. Esta convicção deriva, nomeadamente, do que expressou o oráculo de Delfos, quando questionado por Querefonte sobre se alguém era mais sábio do que Sócrates: “ninguém me superava em sabedoria” 9. Avançando no texto, Sócrates - a propósito de