Apertem os bolsos
Não precisou ser nenhum economista para prever que 2015 não seria um ano nada fácil para os nossos bolsos. E não está sendo. Mal começou o ano e as novidades do governo federal não estão sendo das melhores. Apesar das promessas no período das eleições, a tão sonhada reforma tributária parece estar cada vez mais distante. Decidido o segundo mandato da então Presidente e escolhido finalmente o novo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em seu primeiro pronunciamento, alertou para as possíveis medidas que afetariam sobremaneira na carga tributária.
Para Pedro Chimelli, advogado do escritório Fagundes Pagliaro, "já nos primeiros meses do segundo mandato, o governo federal fala abertamente no ajuste fiscal que, entre outras medidas, envolveria a redução de benefícios fiscais e o aumento da carga tributária. Essas alterações deverão ser sentidas diretamente no bolso dos consumidores, a exemplo da ocorreu, recentemente, com a alta dos combustíveis, atribuída, pelo próprio governo, ao retorno da CIDE-Combustíveis e aumento do PIS e da Cofins."
Certamente a de maior repercussão vem sendo o aumento do PIS e da Cofins, seguido do retorno da CIDE sobre os combustíveis. A estimativa é de um aumento em aproximadamente R$ 0,20 no preço do litro da gasolina e R$ 0,15 no diesel, na refinaria. O repasse do aumento do preço ficará a cargo da Petrobras, o que já vem sendo sentido pelo bolso dos consumidores.
Não é apenas o orçamento dos motoristas que fica comprometido, como também de qualquer consumidor, em razão do aumento generalizado das mercadorias considerando, por exemplo, na elevação do preço dos fretes.
É isso promete ser apenas o início de uma série de medidas para alavancar a arrecadação tributária, que após meses de crescimento, em janeiro apresentou seu declínio. O que se espera é que mais medidas como estas, quase a sufocar o contribuinte,