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537 palavras 3 páginas
O processo de Troca:
Não é com seus pés que as mercadorias vão aos mercados; seus responsáveis devem agir como pessoas cujas vontades residam nestes objetos.
É necessário o reconhecimento mútuo da propriedade. A forma jurídica reflete a relação econômica.
Nestes casos, as pessoas só existem na condição de representantes de mercadorias. As pessoas, veremos, constituem apenas personificação das relações econômicas.
“Igualitaria e cínica, ela está sempre pronta a trocar corpo e alma com qualquer outra mercadoria, mesmo que esta seja mais repulsiva que Maritornes” (personagem de D. Quixote).
Uma mercadoria só é levada ao mercado quando seu proprietário pode prescindir da sua utilidade. Toda mercadoria é um não-valor-de-uso para seu proprietário: “Para ele, a mercadoria não tem nenhum valor de uso direto”.
Ou, melhor, seu valor-de-uso se restringe a ser portadora do valor. Por isso, o proprietário quer trocá-la por outra cujo valor de uso lhe satisfaça.
As mercadoria precisam mostrar ao futuro proprietário que podem ser valores de uso, mas antes de se tornarem valores de uso precisam ser trocadas como valores de troca.
Todo proprietário considera a mercadoria alheia uma equivalente particular da sua e a sua como equivalente geral.
Nestes casos, não haveria um equivalente geral, e os valores relativos não encontrariam onde se expressar.
Fausto: “no começo era a ação”. A ação social se encarrega de apontar aos proprietários uma mercadoria que possa se transformar em equivalente geral: “ Apenas a ação social de todas as outras mercadorias elege, portanto, uma determinada para nela representarem seus valores”.
Esta mercadoria escolhida torna-se dinheiro, diante da qual todas as outras deverão se apresentar:
“Todos eles tem o mesmo desígnio, e entregarão sua força e seu poder à besta. E que só possa comprar ou vender quem tiver o sinal, a saber, o nome da bêsta ou o número do seu nome”
As trocas necessitam do reconhecimento dos proprietários enquanto tal.

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