Análise "Informação e Sentido"

Análise “Informação e Sentido”
Texto por Paulo Serra, Análise por Murilo Camarini
“O projecto dos Enciclopedistas desemboca, assim, numa contradição (aparentemente) insuperável: de um lado, uma informação que mereceria ser memorizada mas (...) se torna impossível memorizar (...); do outro lado, uma informação que (...) não pode deixar de ser esquecida no ato mesmo de ser absorvida. Em qualquer dos casos, impossibilidade de uma memória e de um sentido.”
Paulo Serra nos trás em “Informação e Sentido” a comparação do processo de criação de uma Enciclopédia com o armazenamento de informação em massa que hoje encontramos na internet. Durante o desenvolvimento do artigo, porém, são explicitados três problemas chaves na criação de uma Enciclopédia:
I)Há um atraso entre a descoberta de uma informação, sua avaliação e seu posterior armazenamento. Esse tempo morto dá lugar para que mais informações venham à luz e, idealmente, torna a compilação de informação um projeto utópico e infinito.
II)Vivemos em um mundo infinito e, como tal, nele há conhecimento infinito a ser descoberto. Dessa maneira, com tantas e tantas possibilidades em todo o nosso Universo, de que maneira podemos classificar, com absoluta precisão, todo e qualquer conhecimento? Se há uma infinidade de escolhas, uma delas certamente não poderá deixar de ser arbitrária. A tentativa de classificação seria, por si só, tão infinita como o próprio Universo.
III)Como classificar que tipo de informação pode ser reunida? Segundo Diderot, o fator decisivo se torna, então, o tempo, e como ele influencia certa informação. Um jornal, por exemplo, se preocupa somente com uma história momentânea, tendo como alvo uma curiosidade fútil que busca conhecimento para ser instantâneamente esquecido. Não é o saber por conhecer, mas sim o saber por ter sabido.
Com o passar do tempo, porém, esses problemas se agravam mais ainda com o avanço humano e tecnológico. O cidadão passa a procurar informações menos complexas, mais