Antropologia e comunicação
2140 palavras
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“Sobre a necessidade e outros mitos”. Ao pensar sobre o mundo, o homem o divide por categorias de intelectualidade. Separando idéias, conceitos, teorias e noções. Após fragmentação, estabelece relações entre os domínios. Por definição o pensamento não confunde o “real” e o “objetivo”. Pois não haveria sentido aquilo que povoa os cérebros humanos Dependendo do critério ou vontade, a fragmentação do mundo se fez pela visão do homem. O que não necessariamente o componente presente no pensamento humano se encontre realmente no universo. O intelecto humano é antropocêntrico. O ponto de vista é caracterizado pelo próprio universo de quem o faz. O ponto de vista do homem acaba selecionando os fatos e coisas importantes para si. Instituindo os lotes de que o mundo é composto. Não seria errôneo imaginar que “peixes”, “aves” e “baratas” loteassem o mundo da mesma forma. Só foi possível a construção do ponto de vista humano após o aparecimento da espécie no universo. Não são garantidas essas leituras singulares de mundo. Não garantindo obrigatórias e satisfatórias em todos aspectos. Dessa forma os homens acabam se deparando com seríssimos problemas ao levantar hipóteses sobre as relações do seres com a natureza. A fragmentação do universo nesse aspecto gera pressuposto contestável de que “natureza” e “seres” sejam domínios diferentes que “se relacionam”. O que seria “natureza”? O que seria “ser”? Na verdade não se sabe onde um começa e outro termina. Não se sabe o limite entre um “ser” e outro.
“Da ciência á sapiência”. Os seres vivos se relacionam com o mundo de modo mecânico (isto é, modificando e sendo modificado) e de modo orgânico ( ou seja, retirando do mundo o que lhe é imprescindível). Em uma observação mais detalhada, no que diz respeito a alguns de seus aspectos, “mecânico” e “orgânico” são passíveis de ser comunicacionalmente concebidos. Significando que as relações entre os seres não se ressumam a descontinuidade do tipo pressionar