ano do discobrimento

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Na verdade foi uma instituição criada no Regime Militar que, obviamente, funcionava com uma disciplina militar, embrutecida, endurecida e insensível para com os jovens que ali passavam. Entretanto, no início, a maioria era formada de crianças abandonadas, poucos eram os infratores, porém todos eram tratados de forma generalizada e as medidas socioeducativas eram apenas de repressão, levando esses jovens a uma interação com os infratores que os influenciavam a inúmeras fugas, e que não tendo para onde ir, ficavam a mercê da sobrevivência nas ruas, a custo de pequenos crimes.

Mesmo após o Regime Militar, os civis que assumiram a instituição, mantiveram a filosofia militar e seus critérios de segurança e disciplina.

No filme, fica clara a importância da família como grupo social, que tem o papel de educar, além de transmitir conceitos morais e éticos, pois tanto ela pode ser a solução, como o início de diversos problemas.

Na história vemos questões de ordem econômica que levou a mãe amorosa, porém ignorante (sem conhecimento da realidade), entregar seu filho na esperança do que era oferecido numa propaganda enganosa. Isso mostra que não adianta separar a criança ou adolescente de um ambiente familiar conturbado, por qualquer motivo, se não houver um trabalho socioeducativo com as famílias.

A sociedade estigmatiza as pessoas pela condição social como se isso definisse o caráter delas, sem levar em consideração que, com poucas exceções, o que leva o indivíduo a marginalidade é o efeito da desigualdade que não oferece a mesma oportunidade a todos.

O indivíduo almeja um determinado status social a partir de um referencial, ou seja, daquilo que ele conhece. No caso do personagem Roberto, sua ambição era ser integrante do grupo do personagem Cabelinho de Fogo, que exerce influência, domina e é respeitado pela violência, produzindo medo nos dominados.

Será que se todos tivessem a mesma oportunidade na sociedade teríamos tanta desigualdade?

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