ANALISE SOBRE O ANTIGO MODELO MANICOMIAL

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O filme relata claramente a situação dos “loucos” antes da reforma psiquiátrica. Observa-se o descaso e insignificância daqueles que eram colocados nas instituições manicomiais, e não somente daqueles que possuíam distúrbios mentais, mais também aqueles que eram excluídos pelos conceitos da sociedade como, mendigos, prostitutas mães solteiras, homossexuais, entre outros. Essas pessoas eram jogadas e escondidas, pois não eram consideradas pelo padrão da sociedade como normais, com isso eram tratadas em condições desumanas, como animais, eram degradadas física e moralmente, sem falar na medicalização que era realizada sem nenhuma confirmação de quadro patológico, essa alto medicação era feita era feita de forma igual para todos. Fica claro também com esse cenário, que existia um grande interesse político, pois quanto mais internos, mais lucro financiado pelo governo, fica nítido que o dinheiro move o mundo e por essa questão somos manipulados e sem na maioria das vezes percebermos o que o homem, a vida, tem de mais precioso, os sentimentos, as dores do outro, o diferente, o eu, e diversos detalhes que ao menos percebemos na sociedade.
O antigo sistema manicomial mostrado no documentário nos deixa claro que as pessoas largadas naquele hospital não estavam ali para serem curados ou recuperados, eles viviam ali para serem escondidos da sociedade até sua morte, e acabavam perdendo o direito pela vida, a dignidade como seres humanos, se tornavam animais esquecidos entre quatro paredes. Hoje podemos observar que felizmente essa realidade mudou e se busca uma melhor estratégia para melhoria da qualidade de vida das pessoas que sofrem transtornos mentais, melhoria essa que veio através da criação dos CAPS que possuem atendimento mais humanizado, a internação em hospitais gerais onde não existe possibilidade de maus tratos, através das residências terapêuticas, que são fundamentais para a reintegração do individuo tanto na sociedade quanto no contexto familiar.

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