AN LISE FOTOGRAFIA SEMIOTICA

764 palavras 4 páginas
Como C.S Peirce afirmou, as fotografias trazem semelhanças ponto a ponto de acordo com a natureza registrada pelo equipamento. Por mais que tal registro potencialize a formação de idéias, é apenas um recorte entre todos os aspectos da realidade, pois é feito apenas sob um único ângulo. Mas, toda fotografia emite um signo, e através da leitura dos signos ao observar uma determinada fotografia, o(a) observador(a) deve perceber fenômenos e interpretá-los de acordo com a vivência e o conhecimento que possui.
O processo de entendimento dos signos existentes em uma fotografia ocorre através do que Peirce chamou de “Semiose”, que seria o processo de significação para o entendimento de algo. Segundo ele, para que ocorra a semiose é preciso a inter-relação de três elementos: o signo, o objeto e o interpretante, portanto, um fenômeno. Para Peirce, o signo remete ao significado de algo, um objeto, um fato que gera a interpretação, sendo a representação de uma produção mediada pelo objeto, por um fato ou algo, não a interpretação em si, mas o que é gerado através deste processo de interpretar.
O signo é a conseqüência de uma produção mediada por uma interpretação vinda de algo, por um objeto ou um fato.
Peirce estruturou um modelo para a compreensão das coisas, dos fenômenos, da realidade, a Tríade, composta pelas categorias da primeiridade, secundidade e terceiridade. A primeiridade ocorre ao vivenciar, contemplar um fenômeno. Cada fenômeno tem uma tríade. A secundidade é a reação da mente ao fenômeno, em nível de experiência, que leva a formulação e compreensão, denominada por Peirce como mediação, ou terceiridade. A percepção ocorre após a primeiridade, mas instantaneamente a secundidade, junto a reação.
O registro na memória de um observador provoca a adoção de hipóteses via a associação de signos ao contemplar um objeto ou vivenciar um fenômeno. O signo é aquilo que remete a um objeto, o que sofre uma interpretação, o que também Peirce denomina como interpretante do

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