An Lise Do Filme Ponto De Muta O

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS­UnuCSEH
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SOCIOECONÔMICAS E HUMANAS Gabriela Ferreira de Amorim Análise do filme Ponto de Mutação. O enredo do filme, baseado na obra de Fritjof Capra, é construido a partir do diálogo entre um poeta, um político e uma cientista da área de física, em que, neste diálogo que aconteceu ao acaso, cada um apresenta seu ponto de vista e visão de mundo. No início do filme, o poeta fala com seu amigo político sobre o conceito de tempo, a concepção de tempo anterior ao tempo mecânico, ao tempo do relógio ­ que, pode­se chamar de tempo sagrado ­, no qual a sociedade se organizava de acordo com as estações, o plantio, a colheita, o Dia do
Juízo. Para o poeta, o tempo mecânico foi a causa da primeira ruptura do homem com a natureza. O político critica a escrita do poeta e sua visão, por ser metafórica, sendo assim, uma escrita não específica, e o poeta critica o político por possuir um discurso que confunde.
Assim, no decorrer do diálogo, ocorre a interação da cientista com os dois, no qual é apresentada através dela uma outra visão de mundo. A crítica da cientista é fundamentada na teoria de Descartes, que possuia uma visão de mundo mecanicista, como um relógio, uma máquina, e que, segundo ela, é a mesma visão que o político possui.
A visão defendida e apliacada pelo político é, realmente, essa visão mecanicista, em que se soluciona problemas resolvendo apenas fragmentos, sem enxergar o porque daquilo e a estrutura que o envolve. Para a cientista, essa visão já foi eficaz, mas há muito tempo atrás, e não se pode mais ser aplicada. O mundo não é uma máquina, muito menos a natureza, sendo assim, a teoria cartesiana e sua visão de que se pode retirar uma peça com defeito, consertá­la e recolocá­la ao seu devido lugar na máquina não é válida. Tendo em vista que, existe uma relação entre tudo que compõe o unverso, tudo é interligado, sendo assim, cada um influência no outro. Um