Análise: Livro - Revolução dos Bichos

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS
Laboratório de Redação

A Revolução dos Bichos, escrita em 1945, é uma sátira paródica ao que seu autor George Orwell, considerava totalitarismo no regime Stalinista que, segundo ele, traiu a revolução soviética de 1917. A obra hoje se mantém viva como crítica a todos os regimes totalitários ou àqueles que, mesmo aparentemente democráticos, submetem a sociedade a todo o tipo de manipulação.
Orwell conseguiu transcrever o mito soviético através de uma história que todos possam entender, no entanto, seu conto rural haveria muito mais do que mostrava, em suas entre linhas bradava o movimento socialista.
No momento em que o livro começa, todos os bichos da explorada fazenda do sr. Jones – dando sua primeira referência ao capitalismo, onde o proprietário exige o máximo de seus subordinados para o benefício próprio, são então convocados para ouvir uma última mensagem do velho porco chamado Major – o mais respeitado de toda a propriedade. Ele, discursa sobre a provação e sacrifício dos animais, instigando a revolta contra seus opressores com palavras de um futuro próspero onde todos os animais são iguais, dando início ao Animalismo – ou, Socialismo. Major, o personagem inspirado por Marx logo morre, mas deixa na memória de seus ouvintes uma sede por revolução: “(…) uma sociedade de animais livres da fome e do chicote, todos iguais, cada qual trabalhando de acordo com a sua capacidade, os mais fortes protegendo os mais fracos.”
Os animais ali são representantes de diferentes fatias da sociedade, os fortes cavalos Sansão e Quitéria, representam o proletariado, e o campo e a classe média são representados pelas ovelhas, pelas vacas, pelas galinhas e outras forças dos pastos e do quintal. Indo mais além na representação da égua Mimosa – um típico pequeno-burguês que tem sido alvo dos mimos do governo (sr. Jones), também Moisés, o corvo – ave de perfeita eloquência que fala de um mundo além do céu, ambos viam a revolução com indiferença.
Aos