Análise da tipologia de celebridade

Este Pré-Projeto de pesquisa almeja tratar do seguinte tema: o conceito de celebridade

e suas mudanças desde o século XV aos dias atuais.

Vivemos tempos de uma “modernidade líquida” (BAUMAN), onde nada é feito para

durar e tudo muda de forma constante e rápida. Por isso talvez, para o leitor, fique um pouco

confuso saber qual é o atual conceito de celebridade, já que o mesmo passou por diversas

modificações ao longo do tempo.

O termo celebridade é recente e moderno, começando a ser usado no século XV. Em

1616, havia os “livros noticiosos” que eram publicados na Inglaterra e quase 30% eram sobre

celebridades, como a rainha Isabel. Nessa época, chamar alguém de celebridade significava

que essa pessoa possuía renome, ou seja, ser conhecido por algo que você fazia em uma área

específica. Temos como exemplos, Leonardo Da Vinci e Michelangelo que foram artistas

renomados. Para Inglis, o renome era o “reconhecimento não tanto do homem em si, mas da

significância de suas ações para a sociedade”. Ou seja, a vida pessoal do famoso não era o

interesse.

Foram diversos os fatores que culminaram uma mudança no conceito no século

XVII. Com a ascensão da classe burguesa, fez-se necessário uma alteração na forma de ser

considerado famoso. Se antes, no absolutismo, você nascia para ser famoso no século XVII

você deveria conseguir tal notoriedade a partir de suas conquistas e posses.

Na atualidade, o termo celebridade está associado ao glamour e á notoriedade obtida

através dos meios de comunicação. São considerados heróis modernos, “produtos culturais”

(Medeiros), verdadeiros mitos. Através da constante difusão de suas imagens na televisão

acabam se tornando familiares e próximos ao público, assim como os mártires e heróis de

antigamente.

“Os heróis que representam os modelos na cultura de massa, para Edgar

Morin, são os Olimpianos, que realizam os fantasmas não alcançáveis pelos mortais,