Amérfica latina uma história recente

Apresentação
O presente trabalho busca comparar as atividades dos governos militares que governaram Brasil e Chile durante o período por aqui chamado de “anos de chumbo”. Serão abordados aspectos que caracterizaram a ascensão dos militares ao poder, via golpe, o momento histórico em que viviam estes países, no que tange suas situações econômicas, política e social; será avaliado também estes períodos militares, a importância das comissões da verdade e a questão dos ajustes das políticas na direção do neoliberalismo.

Desenvolvimento
Para compreender o Brasil de 1964 é preciso retroceder na história e acompanhar o desenrolar de toda a movimentação política a partir da retomada da condição democrática que o país passou a viver desde o final do Estado Novo. “A incipiente democracia política burguesa” (NAVARRO, 2004) gravitava entre uma democracia restrita e outra participativa que se abria em busca de sua afirmação. Tudo era novo, o fervilhante momento social, a bossa nova, o cinema novo, “o clima de expansão intelectual” (SADER, 2012) era interpretado pelas elites como baderna, anarquia, subversão.
Com a renúncia de Jânio, a primeira tentativa de golpe se esboçou com a imposição do parlamentarismo, João Goulart assumiu, mas não governou acossado por problemas econômicos de inflação, endividamento externo e recessão econômica, vivia no antagonismo de dar respostas à classe dominante e atender as reivindicações dos trabalhadores, com o Plano Trienal buscou compatibilizar crescimento econômico, ajuste fiscal e que os trabalhadores “apertassem o cinto”, como fracasso do plano buscou, de forma populista, implantar reformas de base (agrária, bancária, fiscal, eleitoral, etc).
As esquerdas por sua vez pressionavam o governo para as reformas indispensáveis ao fortalecimento da democracia fossem implementadas, reformas sociais, econômicas, que promovesse uma maior distribuição de renda e menor desigualdade regional que atendessem as demandas das classes populares e