Transppoting

415 palavras 2 páginas
Resenha sobre filme - “Trainspotting – Sem Limites”, 1996.

O filme Trainspotting, baseado no romance de Irvine Welsh, trás como enredo a vida de jovem Mark Renton e seus amigos, todos dependentes de químicos.Porém a abordagem realizada pelo diretor, foge aos esteriótipos sociais, que normalmente apresentam o vício de forma moralista, esta obra muda o ângulo de visão, dando ênfase aos momentos felizes do personagens quando estão sobre o efeito da droga, e vai além, apresentando o vício como uma forma de escolha e explica os motivos que os usuários tem para escolher este caminho, trata a situação como uma opção ou estilo de vida, podemos perceber este idéia em uma das falas do personagem Renton, nas primeiras cenas ““…escolha seu futuro, escolha a vida. Eu escolhi não escolher a vida. Eu escolhi outra coisa. Os motivos? Não existem motivos. Pra que você precisa de motivos quando você tem heroína?”. O filme intercala momentos de lucidez com momentos de alucinações do protagonista, podemos perceber que a realidade é um dos principais motivos que conduz o personagem a manter o vício, suas tentativas de largá-lo são frustradas, porque todas as vezes em que se depara com a realidade de sua vida, ele desiste de lidar com ela e acaba voltando a se drogar. Podemos perceber que de uma forma geral a falta de sentido ou falta de limites na vida dos personagem do filme, é um forte agravante para a escolha da heroína, as poucas estruturas familiares que são apresentadas não desempenham nenhuma função presente na vida dos filhos, cada um faz o que bem entende, sem regras ou sem a exigência do cumprimento das mesmas, a constituição familiar é apenas simbólica. A drogadição, então, não se traduz aí pela transgressão da norma, porque a própria norma é fraca ou inexiste, o que se evidencia pelas soltas relações parentais. O vício em Trainspotting, sugere uma fuga psíquica dos personagens em contraponto à ausência de recursos psíquicos ocasionadas

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