Amor sem escalar - Filme

Síntese crítica – Amor sem escalas
O filme “amor sem escalas” tem como personagem principal Ryan Bingham, representante de uma empresa cuja atividade principal é o desligamento das pessoas de outras empresas. Ryan se dedica inteiramente ao trabalho e parece atribuir pouco valor às relações pessoais. Conhece Alex, uma executiva que trabalha viajando assim como ele e Nathaly, jovem promissora que, com o apoio da gestão, propõe implantar um sistema de execuções das tarefas com o máximo de economia, principalmente com relação às viagens. O sistema que ela propõe é basicamente efetuar demissões por teleconferência num suporte técnico totalmente informatizado.
Essa mudança põe em risco o modo de vida e os projetos de Ryan em se manter sempre longe da família e atingir as dez mil de milhas, fazendo com que esteja num seleto grupo de sete executivos que se tornaram vitalícios. Mas esse não é o principal motivo de Ryan ficar bastante contrariado. O planejamento a que Nathaly lançava mão incluía dados incríveis, porém, não reservava espaço para o fato aterrador que a situação de desligamento assinala, e mais, ser desligado por teleconferência esvazia o procedimento de qualquer consideração humana pelo sofrimento de quem está sendo desligado. Parece-nos que Ryan não consegue conceber essa ausência, o que é irônico para uma pessoa que parece valorizar pouco as relações.
Esse modo de proceder profissionalmente também é irônico se observarmos que Nathaly tem pretensões familiares e valoriza sobremaneira as relações em que está inserida. Um ponto que merece destaque no filme diz respeito à situação em que o namorado de Nathaly termina o namoro (detalhe: através de uma mensagem de celular) e Ryan se apaixona por Alex, além de ter de se deparar com o fato de participar do casamento de sua irmã durante o fim de semana. Ryan será posto à prova em suas argumentações de que é desnecessário carregar o “fardo” de estar próximo às pessoas. Esse é o que defende em suas conferências.