amor cortes

AMOR CORTÊS
A teoria do amor cortês pressupõe na concepção idealizada do trovador colocando a dama em posição de superioridade, assumindo o papel de total servidão e submissão. O alvo de desejo do poeta é geralmente um amor adúltero, por isso o poeta oculta o nome de sua amada substituindo por uma palavra-chave “senhor”. A amada é idealizada, tratada com extremo respeito. Por ser um sentimento não correspondido, o trovador jamais chega ao fim de seu desejo, vivendo assim, em situação de grande sofrimento ou “coita de amor”. As cantigas de amor são exemplos clássicos de amor cortês.
Diferente das CANTIGAS DE AMOR onde o eu lírico é masculino, num ambiente palaciano, vassalo amoroso e com sua amada extremamente idealizada e inatingível, as CANTIGAS DE AMIGO consisti em um eu lírico feminino (embora os escritores fossem homens), ambiente campestre com a mulher camponesa, presença de elementos da natureza, confissão para as amigas ou Para própria mãe do seu sofrimento pela falta do amado (que sabem de seu amor ou estão na guerra). Nas cantigas de amigo não há exaltação da mulher e idealização do amor, o que acontece no ROMANTISMO onde a mulher é jovem, pura e a mais bela, o homem é um cavaleiro, o amor é puro, mas inconcluso, com muita contemplação.
Já no ARCADISMO pode-se dizer que a mulher ainda é idealizada, mas concreta, o amor não é levado até as ultimas conseqüências (ninguém morre por amor), a simplicidade toma conta com o ambiente campestre, bucólico.
Comparando os períodos do romantismo e arcadismo, pode-se observar nitidamente que no primeiro o tratamento a mulher tem relação com o amor cortês, onde a mulher é exaltada, idealizada e o amor é impossível, assim como nas cantigas de amor, já nas cantigas de amigo e no arcadismo, a mulher passa ser real, concreta, tornando o amor um pouco mais possível, alcançável e o sofrimento passa ser suportável.