Alvaro de campos

Fernando Pessoa e seus heterônimos

Álvaro de Campos

Bruno Vicente nº 07
Caio César nº 08
Caroline Guimarães nº 13
Gabriele Amorim nº 18
Giovanna Policarpo nº 19
Jordy Tamura nº 25
Luís Nakano nº 29
Nilo Oliveira nº 32
Paula Gushi nº 43
BIOGRAFIA
Álvaro de Campos era o heterônimo mais escandaloso e febril de Fernando Pessoa (1888-1935). O poeta português dizia que os versos de Campos lhe ocorriam quando ele sentia um impulso indefinível para escrever e considerava Campos o extremo inteiramente oposto a Ricardo Reis. Sua poesia explosiva pôs abaixo as formas tradicionais do lirismo e da poesia parnasiana e simbolista. Alguns dos mais conhecidos versos do heterônimo expressam essa crise artística e de identidade do homem moderno: "Não sou nada./ Nunca serei nada./ Não posso querer ser nada./ À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo".Campos é o “filho indisciplinado da sensação e para ele a sensação é tudo. O sensacionismo faz da sensação a realidade da vida e a base da arte. O eu do poeta tenta integrar e unificar tudo o que tem ou teve existência e possibilidade de existir.
A partir da carta a Adolfo Casais Monteiro e de outros textos deixados por Fernando Pessoa, podemos construir a biografia de Álvaro de Campos, que teria nascido em Tavira, no dia 15 de Outubro de 1890. Fez o liceu em Lisboa e partiu depois para Glasgow, na Escócia, onde frequentou o curso de Engenharia Naval. Em Dezembro de 1913, fez uma viagem de barco ao Oriente durante a qual terá começado a escrever poesia. No regresso, desembarcou em Marselha, prosseguindo por terra a viagem para Portugal. Instalado em Lisboa, foi nesta cidade que passou a viver sem exercer qualquer atividade para além da escrita. Pessoa descreve-o como alto, elegante, de cabelo preto e liso, com risca ao lado, usando monóculo e com um “tipo vagamente de judeu português”.

Foi na revista “Orpheu”, em 1915, que Fernando Pessoa publicou os primeiros poemas em nome de Álvaro de Campos: