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A CULTURA DA VIOLÊNCIA
1 de julho de 2012
O Brasil acaba de assistir a mais um assassinato violento. Na Bahia, dois irmãos foram agredidos e um deles acabou morto porque foram confundidos com gays. Os irmãos voltavam de uma festa e caminhavam abraçados. Um grupo de jovens não gostou do que viu e sem motivo algum começou uma briga que acabou na morte do rapaz de pouco mais de vinte anos. Aqui no Pará, em Paragominas, um menor de 15 anos matou seu colega na escola, por causa de uma discussão boba, sobre pipa, papagaio. Nos dois casos não há justificativas para tanto ódio.
Vivemos um momento de muita violência. Alagoas, um Estado de grande beleza, lidera o ranking brasileiro com a maior taxa de homicídio (quatro vezes maior que a média brasileira). Logo atrás estão o Espírito Santo e o nosso Pará. No Espírito Santo, não faz muito tempo, um jovem confessou o assassinato de 27 pessoas. E disse mais: começou a matar desde os 12 anos. Em Belém, na quinta-feira que passou, em plena luz do dia, dois motoqueiros assassinaram um empresário. Há muita pesquisa sobre a violência, e o governo federal anuncia um programa para facilitar a investigação e oferecer maior policiamento. Quase 50% dos brasileiros estão inseguros, e também não é para menos: homicídio é a causa da morte de quase 40% dos jovens. Entre 2008 em 2009, quase 12 milhões de pessoas foram vítimas de roubo, furtos e assaltos. Os principais locais dos crimes são as ruas. Os números da violência no Brasil parecem infinitos. O mais assustador nisso, entretanto, é que a violência atinge principalmente os nossos jovens. Tanto o agressor quanto a vítima são jovens. É uma condenação à juventude alienada, sem valores e referências capazes de moldar seu caráter para uma cultura da paz. A juventude de hoje está muito longe daquela de 1960, dos hippies da paz e do amor.
Afinal, de onde vem tanta violência? Faltam estudos sociológicos. Falta a aplicação da lei e condições de segurança. A nossa polícia não dá conta. É