alojamento estudantil unicamp

O conjunto de 24 residências foi erguido com o sistema conhecido como pré-fabricação cerâmica, desenvolvido por Joan Villà na Unicamp na década de 80. Cada casa tem 60 m2 mais um terraço de cobertura de 35 m2. A iniciativa de implantação do condomínio partiu de um incorporador que desejava oferecer habitação de qualidade por baixo custo
O aclive do terreno de 3,2 mil m2 condicionou a execução de três patamares, cada qual com oito sobrados geminados dois a dois, distribuídos de maneira linear, compondo um total de 24 residências unifamiliares. As diferentes cotas dos patamares possibilitaram boa insolação, ventilação e visibilidade a todas as unidades do condomínio. A planta de 60 m2 das residências segue o padrão típico para garantir competitividade de venda no setor de habitação popular.

O térreo abriga sala, cozinha e área de serviço e o pavimento superior abriga dois quartos, um com varanda, e banheiro. No entanto, o grande diferencial arquitetônico ficou por conta da existência de um terraço de cerca de 35 m2 na cobertura de cada unidade. Essa pequena verticalização resultou em uma área total de unidade de 95 m2, um aumento significativo que, além de gerar um grande atrativo de vendas, permitiu a redução das áreas privadas externas de jardim e quintal e permitiu melhor aproveitamento do terreno.

"Essa solução foi fruto da observação e análise das residências construídas pela população mais carente", explica Silvia Chile. Em geral, as lajes das coberturas de grande parte das casas da periferia são utilizadas como terraço improvisado devido à falta de área do terreno. "É uma solução que se aproxima do terraço-jardim proposto por Le Corbusier", acrescenta Villà. O acesso ao terraço é feito por uma escada externa comum a cada duas casas não-geminadas. "É um pouco de coletivo no privado", comenta Silvia Chile. Cada grupo de casas geminadas possui cobertura de telhas metálicas do tipo borboleta com águas que caem em direção a uma calha central.

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