ALFABETIZACAO

Na primeira etapa, relembramos como foi a nossa alfabetização. Nós fomos alfabetizados no modelo tradicional rígido, onde o professor era o único detentor do conhecimento e escolhia até a cor que devíamos usar para colorir os desenhos. Começamos a escrever e a ler com cartilhas, contornando as letras do alfabeto pontilhado, além do caderno de caligrafia que tínhamos que fazer corretamente respeitando o espaço. A lição da cartilha era “tomada” pelo professor e se não soubéssemos ler a palavra, repetia a lição e isso era constrangedor. Porém, apesar dos métodos rígidos, os alunos respeitavam o professor.
Outro momento que marcou o grupo foi quando discutimos sobre o que se entendia sobre “ESTAR ALFABETIZADO É..” . Fomos unânimes em dizer que estar alfabetizado é quando o sujeito já sabe ler e escrever, reconhecer as letras, juntá-las e formar palavras. Descobrimos em grupo que este tipo de alfabetização é o chamado “analfabeto funcional”, pois, para estar alfabetizado vai, além disso, ler e escrever tem a função de comunicar algo e se o que for lido fizer sentido e comunicar algo para o leitor. Para isso, é necessário que se verifique o entendimento feito do texto. A alfabetização é um processo contínuo de construção, onde o indivíduo constrói o seu conhecimento a partir das experiências e conhecimentos diários.
Para Emília Ferreiro, a alfabetização é um processo de aquisição de conhecimentos, embasa-se em teorias construtivistas da psicologia da aprendizagem, que a considera como um fenômeno que se dá ao nível de uma estruturação inteligente. Segundo FERREIRO (1997, p.64)
“Estamos tão acostumados a considerar a aprendizagem da leitura e escrita como um processo de aprendizagem escolar que se torna difícil reconhecermos que o desenvolvimento da leitura e da escrita começa muito antes da escolarização”.
A definição de LER segundo Buarque (1986), é decifrar o que está escrito; é reconhecer as palavras; é interpretar a leitura. Por exemplo, ao vermos uma charge ou