Alberto torres
O Brasil “importou” determinados padrões de comportamento jurídico, social, político; criou o proletariado “estranho” à origem nacional. p.39 O Brasil não tem história. A história vai começar quando se construir os valores solidários nacionais. Para ele, o elemento de costura é a língua. Quem vai construir a unidade nacional no Brasil é Portugal, porque Portugal vai colocar no Brasil uma língua só, de norte a sul. A população que morava no Brasil era diferente da que morava no México. Isso porque tínhamos no Brasil um povo que habitava no estado aproximadamente do paleolítico superior, enquanto no México tínhamos um povo de alto grau de sociabilidade que eram os Astecas, com toda a sua estrutura montada. Quando os Portugueses chegaram ao Brasil, eles não só dominaram como não encontraram quase resistência alguma, pis os povos que aqui habitavam não tinham nem estrutura social para isso. Ao contrário dos Astecas e dos Incas que isso fizeram, a ponto de deixarem marcas astecas na sociedade Mexicana e Marcas incas na Colômbia, por exemplo. Nesses dois casos, se tinha uma população com uma sofisticação cultural, uma classe dominante, e acima de tudo, uma idéia de nação no sentido antropológico. No Brasil praticamente a única tentativa de resistência foi a da Confederação dos Tamoios, em Peruíbe. A unidade nacional brasileira foi construída pelo colonialismo português. Alberto Torres se engana profundamente ao não perceber isso, ao dizer que o Brasil não tem história, que não tem a unidade cultural. Ao contrário, ele tem a unidade cultural sim, e essa unidade cultural foi herdada do colonialismo português. Para Torres, a construção passa por um estado forte integrado com a sociedade. Ou seja, uma sociedade perfeitamente homogeneizada com o Estado, e essa homogeneização vai permitir a construção de uma unidade moral. Ou seja, é essa unidade moral que vai construir o caráter nacional. Como se tem uma sociedade muito formada de cima