Alberto Caeiro

5504 palavras 23 páginas
Alberto Caeiro
*Na obra de Caeiro, há um objetivismo absoluto ou antimetafísico. Não lhe interessa o que se encontra por trás das coisas. Recusa o pensamento, sobretudo o pensamento metafísico, afirmando que “pensar é estar doente dos olhos”;
*Caeiro, poeta do olhar, procura ver as coisas como elas são, sem lhes atribuir significados ou sentimentos humanos. Considera que as coisas são como são;
*Constrói uma poesia das sensações, apreciando-as como boas para serem naturais. Para ele, o pensamento apenas falsifica as coisas;
*Numa clara oposição entre sensação e pensamento, o mundo de Caeiro é aquele que se percebe pelos sentidos, que se aprende por ter existência, forma e cor. O mundo existe e, por isso, basta senti-lo, basta experimentá-lo através dos sentidos, nomeadamente através do ver;
*Ver é compreender. Tentar compreender pelo pensamento, pela razão, é não saber ver. Alberto Caeiro vê com os olhos, mas não com a mente.
Considera, no entanto, que é necessário saber estar atento à “eterna novidade do mundo”;
*Condena o excesso de sensações, pois a partir de um certo grau as sensações passam de alegres a tristes;
*Em Caeiro, a poesia das sensações é, também, uma poesia da natureza.
“Argonauta das sensações verdadeiras”, o Poeta ensina simplicidade, o que é mais primitivo e natural;
*Optando pela vida no campo, acredita na Natureza, defendendo a necessidade de estar de acordo com ela, de fazer parte dela;
*Pela crença na Natureza, o Mestre revela-se um poeta pagão, que saber ver o mundo dos sentidos, ou melhor, sabe ver o mundo sensível onde se revela o divino, em que não precisa de pensar;~
*Ao procurar ver as coisas como elas realmente são, sublima o real, numa atitude panteísta de divinização das coisas da natureza;
*Nesta atitude panteísta de que as coisas são divinas, desvaloriza a categoria conceptual “tempo”;
*O poeta confessa não ter “ambições nem desejosos”. Ser poeta é a sua
“maneira de estar sozinho”;

Há metafísica

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