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Suicídio: um ato coletivo
Sayonara da Silva Freixas A priori o que se tem ideia é que ninguém em sã consciência tiraria a própria vida e se chegasse a fazê-lo, seria um ato individual de puro desespero, perda dos sentidos, um ato insano e covarde. Porém, a incidência e a regularidade com que aconteciam os suicídios despertaram o interesse do sociólogo Emile Durkheim que passou a analisar como se davam estas mortes e porque uma pessoa chegava ao extremo de furtasse do ato de viver. Quais eram os motivos que levavam os indivíduos a desistirem? O que tornava a vida enfadonha e penosa o suficiente para que não merecesse ser vivida? Em seus estudos Durkheim conclui que o suicídio não é um ato individual, egoísta, praticado apenas pela pessoa, mas sim que estaria ligado com suas relações sociais e credos. Está intimamente favorecido pelas regras ditadas pela sociedade ou por um contexto social em que se encontra inserida a pessoa que pode se enquadrar ou não nas mesmas. Um suicida pode ser uma pessoa que não se enquadrou e por isso isolou-se, como também pode ser um indivíduo tão integrado que considera mais as regras impostas do que sua própria vida e para que se mantenha a ordem, prefere privar-se da mesma. O filme Sociedade dos poetas mortos de 1989 com direção de Peter Weir, conta-nos uma história que pode exemplificar bem as conclusões de Durkheim sobre suicídio. A história se passa em 1959, numa escola só para homens com regras rígidas e bem definidas que serão quebradas com a chegada do novo professor John Keating, ex-aluno dessa escola, com seus métodos nada convencionais e de incentivo a seus alunos para viverem a vida além das regras, das normas ditadas por outros e que, por vezes, não era o que eles almejavam para si próprios. Como no caso do jovem Neil Perry, que desejava ser ator, porém por ordem de seu pai estudaria Medicina e nem mesmo no jornal da escola ele poderia mais escrever, para se dedicar a ser um médico bem sucedido. Neil chega a ser acusado

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