Aguia

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Ao estudarmos o comportamento das águias, podemos tirar lições de vida que podemos aplicar em nossos dias. Como a forma que as águias ensinam seus filhotes a serem autônomos e a voar com suas próprias forças. As águias fazem seus ninhos

O livro, A águia e a galinha, de Leonardo Boff, nos conta a história de uma águia que é criada como uma galinha. Esta história é compreendida como uma metáfora da condição humana. O livro nos leva a uma profunda reflexão sobre a busca da identidade humana através do entendimento das contradições e da superação dos eventuais obstáculos a nível pessoal, social e planetário. A obra nos faz confrontar as duas dimensões fundamentais da existência humana: a dimensão do enraizamento, do cotidiano, do limitado, que é representado pela galinha, e a dimensão de abertura, do desejo, do ilimitado que é representado pela águia. O autor nos questiona como equilibrar essas duas dimensões. E como impedir que a cultura da homogeneização afogue a águia dentro de nós e nos impeça de voar.
Não podemos nos limitar a sermos somente galinhas ou somente águias, precisamos achar o ponto mutável diante das situações que a vida nos apresenta. Como galinhas somos seres concretos e históricos, mas jamais devemos esquecer nossa abertura infinita, nossa paixão indomável, nosso projeto infinito, nossa dimensão águia. Se não buscarmos os objetivos(a águia) jamais seremos a concretização (a galinha).

Nos mostramos galinhas quando ficamos firmes no chão diante das situações adversas, enfrentando-as de frente. E nos mostramos águias quando damos a volta por cima de problemas que pareciam sem solução, quando usamos a criatividade diante de situações de opressão coletiva que ameaçam o horizonte da esperança. Cada ser em si tem as duas dimensões: a águia e a galinha, porém em alguns a águia se manifesta mais que a galinha, ou vice-versa. E para encontrar um ponto de equilíbrio é preciso ouvir as duas vozes, e agir usando a razão e o