Agonia e extase

Keisa Loyola

ANÁLISE DO FILME: AGONIA E ÊXTASE

O Filme Agonia e Êxtase, romance biográfico de Carol Reed, retrata um pouco do que foi o Renascimento, e toma como base para isso, o grande artista Michelangelo Buonarroti, que hoje representa símbolo marco do Período Renascentista. Agonia e Êxtase mostra a relação de conflito e amizade de dois homens – Michelangelo que vive para a arte e o papa para Deus – em torno de uma magnífica e inesquecível obra de arte – O afresco da Capela Sistina.
É nessa relação de desordem, que Michelangelo se mostra altamente rebelde e inconformado, como um artista que sabe o que quer. Um homem forte, de opinião. Ele retruca com o Papa e entra em diversas discussões sobre o projeto para o afresco.
O vínculo entre Michelangelo e o Papa Júlio II parece ser de amizade, onde cada um procura defender o seu ponto de vista, e prevalece no final a autoridade de cada um em suas respectivas especialidades. Como a arte não é exata ou política, o Papa se vê em pé de “inferioridade” quanto a perspicácia do artista. Pois segundo o pintor, a arte é inspiração, liberdade criativa.
Michelangelo, sempre em busca da perfeição, inovou buscando e tirando sua inspiração de pessoas, lugares e atitudes inesperadas. Ele foi visto como tolo, convencido e até mesmo traidor, era o “pintor que não queria pintar.”
Seus ideais eram superiores no que se diz respeito à busca da Arte, em seu sentido único, amplo e abrangente.
Tinha em sua visão artística o macro e nunca o mucro, divisava a Vida, a Glória e o Poder advindo da arte. E como ele mesmo dizia, o trabalho só termina quando acabar. Era incansável, e ia sempre à busca de um Milagre, o milagre da plenitude da perfeição, de uma perfeição que não se questiona apenas se aceita e venera. Ele vive em um mundo a parte, se isola e fantasia.
A ideia de Agonia e Êxtase vai de sua vida artística a sua vida pessoal, pois tudo no personagem é intenso.
Todas as agonias advêm do fato dele ser obrigado a fazer