Agir moralmente

Universidade de Brasília - UnB
Introdução á Filosofia

Questões propostas a partir da leitura da obra de Peter Singer, Ética Prática.

Por que agir moralmente?
Esse é um tema muito bom e ao mesmo tempo muito tormentoso. Desde sempre ouvimos dos pais e da sociedade que é preciso viver com ética e sempre agir moralmente. Mas o que é de fato moral? O meu ponto de vista sobre agir moralmente pode ser bem diferente do seu ou do ponto de vista de um psicopata.
O trabalho/obra de Singer concentra-se na questão da ética aplicada em problemas de grandes proporções para a humanidade. Como por exemplo, a questão do aborto. Ele diz basicamente que, para convencer alguém a agir moralmente é necessário fazer essa pessoa entender que isso fará bem á ela própria. Ou seja, que uma atitude ética servirá aos seus interesses. Mesmo que seja a longo prazo.
Agir eticamente seria algo que se faz sem nenhum interesse mesquinho, algo que se faz apenas porque é certo. Porém, alguém agir por interesses próprios, não agirá moralmente, agirá egoisticamente, concorda?
Para Singer, considerando o ser humano de modo geral, não ficamos satisfeitos se consideramos o único sentido da vida a busca da felicidade. É o que ele chama de “paradoxo do hedonismo”: as pessoas que buscam a felicidade pela felicidade costumam perceber essa mesma felicidade esquivando-se delas a cada momento.
É possível é dizer que a ética é necessária à felicidade, e que sentimentos como solidariedade e benevolência são imprescindíveis a uma convivência amigável e à felicidade. É como se esses sentimentos junto ao sentimento de culpa, estivessem presentes em todo ser humano. Mas não se pode generalizar acerca da natureza humana sem uma pesquisa cuidadosa. Por isso, podemos levar em consideração e tomar como exemplo, o psicopata, que se declara plenamente feliz e não sente remorso, benevolência ou solidariedade. A partir disso podemos perceber que é problemático afirmar a existência desses sentimentos em