Adoção casal homoafetivo
Para Fajnwaks, o importante é mostrar quais os benefícios que a adoção pode gerar para a criança e como isso pode contribuir no seu desenvolvimento. “Tendo isso esclarecido, a questão da homoafetividade ou da heteroafetividade não interfere”, pontua o especialista ao refutar o argumento de que a adoção por casais homossexuais possa interferir no formação sexual da criança, pois, ainda que a criança não possua a figura feminina em casa, ela com certeza irá conviver com essa figura na escola, na rua e até mesmo no âmbito familiar expandido.“A questão da homoafetividade ou da heteroafetividade não interfere”, afirma o professor Fabian Fajnwaks. Na opinião do professor, psicanalistas que se opõem a adoção por casais homoparentais fazem isso em nome de uma idealização edípica, ou seja, com base no conceito do “Complexo de Édipo” criado por Sigmund Freud. No entanto, os lacanianos – corrente teórica que segue a linha do psicanalista francês Jacques-Marie Émile Lacan - acreditam que não podemos nos opor as demandas de um casal em nome de uma ideologia ou normalidade edípica, pois a experiência clínica já nos mostrou que o conceito de Édipo não funciona como norma para todos os sujeitos.
Processo de adoção
Atualmente, os candidatos que almejam adotar uma criança passam por um acompanhamento psicológico, assim como a criança, antes e depois da adoção. Tal acompanhamento se faz necessário porque é importante analisar como está se dando o período de adaptação familiar.
Segundo a professora Ivonise, as famílias passam por uma avaliação psicológica e psicossocial para receber as crianças. Após esse processo as famílias realizam visitas esporádicas às crianças, o que consequentemente pode levar a formalização de uma adoção bem